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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O mundo está menor!

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem,
 ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender.
 E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, 
pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto.
 A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta."
Nelson Mandela (18 de julho de 1918 – 5 de dezembro de 2013)

Morreu Nelson Mandela, morreu Madiba, a maior fortaleza moral do século XX.


Morreu o homem que teve a capacidade de apertar a mão do seu algoz em nome da construção de uma NAÇÃO.

Seu projeto sempre foi uma Africa do Sul livre para todos, brancos e negros. Não se tratava da vingança de negros contra os brancos opressores.

Morreu com o orgulho de ver que seu projeto era viável e se concretizou.

Viva Mandela! Viva Madiba!




sexta-feira, 31 de maio de 2013

Assino em baixo!

Assino em baixo! 

Tá mais que na hora de pararem com essa asneira de chamar de baderneiros, desordeiros aqueles que estão lutando por questões fundamentais para nosso dia-a-dia e mesmo para nossa existência. Foi assim na luta pela diminuição do valor das passagens de ônibus, tem sido assim com a luta histórica dos sem terra e dos camponeses. Mas quando o protesto é de "abonados fazendeiros", bom, aí sim é legitimo, não é "seu "Nazier"?. 

Pesquei no blog do amigo Luiz Muller (http://luizmullerpt.wordpress.com), que aliás recomendo!

Na Porto Alegre das árvores derrubadas, o desabafo de um pai: Carta Aberta à vereadora Mônica Leal (PP/POA)

Por Luiz Afonso Alencastre Escosteguy*
Infelizmente não há como, aqui, dar o tratamento que mereces como vereadora de Porto Alegre. Tratamento de respeito se dá para quem com respeito age. O que não foi o teu caso ao chamar os manifestantes contra a derrubada das árvores de “desordeiros”, por mais que tenha apelado, após, para o tecnicismo da linguagem para se justificar. Tanto é, que o que sobrou foi a imputação de ter chamado a todos de baderneiros.
Pois saiba que minha filha participa das manifestações e não admito que quem quer seja insinue que minha filha seja ou baderneira ou desordeira! E sabes por quê?
Porque EU a ensinei algo a que teu pai não deve ter ensinado: a andar de cabeça em pé e a lutar contra tantos quantos queiram baixá-la, seja pela força das armas, seja pela força do poder econômico e seus escusos interesses.
Não foi por menos que, com a mesma cabeça em pé e muito antes dela nascer, EU andava nas ruas de Porto Alegre, a lutar contra derrubada de árvores, pelas Diretas Já, e por tantas lutas que tenho certeza tu não participaste!
Se teu pai só te ensinou que “vender a alma ao diabo” é o caminho para uma vida boa, EU ensinei para minha filha que a verdadeira dignidade política é a luta constante pela defesa daquilo que acreditamos ser justo e não somente se agarrar no pífio argumento da “Justiça”.
E sabes por que uso “EU”? Assim mesmo, em maiúsculas? Porque em qualquer outra situação em que desrespeites o fundamental direito de exercemos a nossa manifestação pacífica, é comigo que a coisa será resolvida.
O que está em jogo não é apenas a derrubada de árvores, ou a devida compensação pelo plantio de outras. Isso se resolve.
O que está em jogo é justamente alijar definitivamente do poder gente como tu, que defende ações na madrugada; que defende infiltrações da polícia em movimentos sociais; que, eleitos para buscar o bem comum, só fazem achincalhar e zombar de quem exerce seu direito de manifestação.
E fico com pena dos teus filhos pela educação que devem ter recebido, se os tem, claro!
Minha filha tem pai e mãe, endereço certo e trabalho. E estuda. Não está na rua para ser xingada por ninguém! E todos os manifestantes têm pai e mãe e também não estavam lá para isso.
Mais uma vez: se teu pai não te ensinou a mais valiosa lição da vida em sociedade, te ensino eu: RESPEITO!
Aproveita a oportunidade para aprender!
*Luiz Afonso Alencastre Escosteguy, administrador, é servidor do MPRS e acompanha os movimentos sociais. Escreve a coluna Hypocrisis no portal O Pensador Selvagem.
Publicada no Site SUL21

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Encruzilhada do Sul recebe moderno caminhão ABT para o Corpo de Bombeiros

Na sexta-feira última, dia 19/04, estive em Encruzilhada do Sul acompanhando o Secretário Estadual do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Mota, na entrega de um moderno caminhão auto-bomba para o Corpo de Bombeiros (na foto do amigo Alex Zanatta Riegel). O ato foi em frente à Prefeitura Municipal e na ocasião a Prefeita Laise também entregou à comunidade uma patrola e uma retor-escavadeira recebidas do Governo Federal através do PAC2.


Este caminhão é fruto de uma demanda da comunidade votada em 2011 para o Orçamento do Estado de 2012, através do Processo de Participação Popular e Cidadã. O caminhão é o mais moderno da corporação em todo o Vale do Rio Pardo e dispõe de vários equipamentos de combate ao fogo. O seu custo foi R$ 450.000,00.

Foi gratificante para mim encontrar velhos amigos, como o Clementino Lopes, a Sirlei Madalena, o Lúcio Libano e o Vereador Pedro Paulo. Conversei bastante com todos, que me colocaram "em dia" com as lutas que estão empreendendo, às quais dou todo meu apoio. Todos tem grande preocupação com a questão da Segurança Pública em Encruzilhada, que tem vivido dias de violência. Também aproveitei para cumprimentar a prefeita Laise, desejar sucesso na sua administração e me colocar a disposição para ajudar no que for preciso.

Nesta terça-feira, dia 23/04, acontecerá ma audiência de lideranças locais na Secretaria de Segurança Pública, com o Secretário Michels, onde irão relatar a situação vivida no município e irão reivindicar soluções, como por exemplo a designação imediata de um Delegado Titular para a Delegacia local. Temos certeza de que os pedidos terão repercussão e atendimento imediato de parte da Secretaria de Segurança Pública.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Um tributo ao "Tio Ivo"


Em janeiro de 2010 escrevi um texto para o Jornal do Sudeste, de Encruzilhada do Sul, fazendo um pequeno resgate da história do vinho no município, principalmente da memória de Ivo Osório Mendes, um dos pioneiros na luta pela implantação de parreirais. Compartilho aqui este texto.


Um tributo ao “Tio Ivo”
Paulo Augusto Coelho de Souza
Sociólogo

Fiz uma pesquisa no sítio de busca Google com a expressão “Encruzilhada do Sul” + vinho e obtive o seguinte resultado: 5940 ocorrências. São sítios, blogues, notícias e vídeos que falam da excelência das videiras, do solo e do clima de Encruzilhada para a produção de uvas e consequentemente vinhos. Há praticamente um consenso entre especialistas sobre a qualidade do vinho produzido a partir das “nossas” videiras. E já somos considerados um “terroir”.
A história do vinho em Encruzilhada deve um tributo a um homem chamado Ivo Osório Mendes, conhecido como Tio Ivo. Ele era Técnico Agrícola, e já nas décadas de 40 e 50 trabalhava com genética de trigo, na Estação Experimental de Encruzilhada. Naquela época, desenvolveu variedades de trigo com dupla aptidão: pastoreio e produção de grãos. Santa Bárbara e Encruzilhada eram os nomes dessas variedades e, segundo informações, na década de 80 ainda eram utilizadas nos Estados Unidos. Lamentavelmente, hoje nossa Estação Experimental sofre um processo de desmonte e não desenvolve mais qualquer pesquisa, se resumindo praticamente a uma plantação de Eucaliptos.
Depois de aposentado no Estado, Tio Ivo implantou o Campo Experimental da extinta COTRENSUL, onde continuou desenvolvendo pesquisas com trigo, soja, milho, girassol e pastagens, permitindo que os produtores conhecessem quais as variedades que melhor se adaptavam no município. Em uma justa homenagem, a Cooperativa denominou o campo como “Campo Experimental Ivo Osório Mendes”.
Trabalhei com o Tio Ivo, de 1986 a 1988 e tive a honra de ter com ele longas conversas, quando me contava de suas andanças pelo município, junto com o Padre Nicolau. Depois das missas, palestrava sobre técnicas agrícolas, num trabalho de extensão rural e assistência técnica, ajudando a implantar novas técnicas e novas culturas. Também me contava como multiplicava sementes de batata, importadas diretamente da Holanda, para distribuição aos produtores.  Desse tempo, me disse ele, levava apenas um arrependimento: o de ter ajudado a implantar o uso de sementes híbridas, que se por um lado aumentaram enormemente a produtividade, por outro, tirou das mãos do produtor a propriedade da semente.
Fiz inúmeras entrevistas com o Tio Ivo para o programa de rádio da Cooperativa e como ele era um entusiasta da fruticultura e da vitivinicultura sempre dizia que o clima e o solo de Encruzilhada eram "especiais" para estas culturas, especialmente para a cultura da videira e do vinho. Numa determinada ocasião, convenceu o Batistella e o Sr. Alfredo Moreira, então presidente da Cooperativa, e foi à Serra Gaúcha buscar mudas de videira para implantar em um parreiral no Campo Experimental e iniciar um trabalho de fomento junto aos produtores locais.
Esse trabalho foi o pontapé inicial da vitivinicultura em Encruzilhada e contagiou o Batistella, que levou a idéia adiante quando foi Secretário da Agricultura. Foi isso que permitiu hoje termos inúmeros produtores e vinícolas, oriundos da Serra Gaúcha, produzindo uvas em Encruzilhada e que o município seja considerado um “terroir” diferenciado, propiciando vinhos considerados excelentes e até mesmo premiados.
Mas ainda falta um trabalho a fazer, para o qual o Tio Ivo nos faz muita falta: difundir entre os produtores “locais” a cultura das videiras. Isto certamente traria um dinamismo ainda maior para a comunidade e para a economia do município.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Cantos do Sul da Terra

Volto depois  de um tempo afastado. Férias, volta ao trabalho, coisas acumuladas...
Sou um cara que não tem uma formação musical, mas gosto muito de alguns músicos argentinos e uruguaios, e de músicos gaúchos que buscam um diálogo cultural "con los hermanos". 

Daí que para quem tem um gosto musical parecido vai uma dica de programa de rádio que hoje é imprescindível para essa cultura própria do cone sul, um programa que trata da expansão das fronteiras culturais e a valorização do cenário musical latino-americano: Cantos do Sul da Terra na FM Cultura, 107.7 , que  você pode ouvir pela internet.

Cantos do Sul da Terra é apresentado pelo Demétrio Xavier e vai ao ar de segunda a sexta, às 13h.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Empresárias e putas

Pesquei no La Vieja Bruja. É interessante observar os mecanismos de manipulação da RBS. E as pessoas lêem o jornal, assistem a TV e ouvem o rádio de uma forma totalmente acrítica, acreditando em tudo o que dizem.


De um lado, notícia na editoria “geral” de “folia na rua” da “tia carmen”, dona de “tradicional casa noturna” da cidade; de outro, notícia na editoria de “polícia” de “flagrante” de “prostituição à luz do dia” por “mulheres que vendem o corpo” e que, em função disso, “teriam feito crescer roubos e furtos” em determinada região da capital.
São fatos distintos sendo noticiados, evidentemente. O que chama a atenção, porém, é que todas as mulheres em questão ganham a vida do mesmo modo.
Por quê, então, tratá-las de modos distintos?
Por que uma delas é a “tia carmen”, e a outra é uma mulher “que vende o corpo”? Qual a origem dessa tolerância social em relação à empresária, dona de “tradicional casa noturna”, e da ojeriza à profissional liberal que vende o corpo nas esquinas desta vida? Por que uma delas é “empresária” e a outra é “puta”?
É que putas de rua não patrocinam programas de rádio em veículos do Grupo RBS e, tampouco, recebem em suas assépticas mansões jogadores de futebol, políticos, juízes, promotores, médicos, empresários e jornalistas; é que putas de rua trepam em becos sujos ou em pulgueiros do baixo-centro de Porto Alegre, com maltrapilhos ou bêbados, desde que disponham de alguns trocados; é que putas de rua não servem de inspiração para contos eróticos literariamente sofríveis de jornalistas do Grupo RBS.
dg modificado
A versão “suja”
Empresárias, ao contrário, cobram caro por seu silêncio, tratam bem suas funcionárias e recebem de braços abertos a todos que podem pagar um bom dinheiro; investem em patrocínios de programas de rádio e tvs ditas comunitárias e em classificados de finais de semana; na casa há espumantes e whiskies da melhor qualidade; os quartos são limpos e as roupas de cama são trocadas regularmente; as mulheres são bonitas, limpas e fazem seu preço; não apanham, não sofrem abusos.
Daí uma das tarefas de um veículo como Zero Hora ser a sanitarização da sociedade, separando o que é “limpo” do que é “sujo”; daí a consequente retroalimentação da tolerância social em relação ao que foi socialmente higienizado; daí o veículo dito “popular” do Grupo tratar profissionais do sexo como “putas”, e o veículo “de elite” tratá-las como “empresárias”.
Daí, também, a condenação social de uma proposta como a do deputado Jean Wyllys [Psol-RJ], de regularização da atividade de profissionais do sexo, de uma grandeza moral ímpar. É que, regularizada a atividade, aparecem nomes, recibos; tudo vem à luz do dia.
Há uma parcela de “homens de bem” da sociedade limpa que, publicamente, escandaliza-se com a prostituição à luz do dia, com a prostituição das putas, mas que, na calada da noite, regala-se – ou, parafraseando o poeta, “faz tanta sujeira, lambuza-se a noite inteira até ficar saciada” – nas “tradicionais casas noturnas” do ramo. É para esses humanos ridículos que ZH escreve, que  trata como “tia carmen” uma mulher que negocia o corpo de suas funcionárias tanto quanto as que trabalham na Voluntários. Também é p/ suas esposas, que se escandalizam com as putas que trepam mas que toleram as que fazem amor com seus maridos, desde que em casa tudo continue aparentemente bem.
É isso que queremos continuar ensinando a nossos filhos?
Lembre-se disso quando o Grupo RBS, aos quatro ventos, auto-entoar loas a seus “compromissos sociais”.
Pela imediata regularização da atividade de profissionais do sexo.
Pelo direito de todo ser humano adulto vender seu corpo de livre e espontânea vontade a hora que bem entender e a quem quiser.
Pelo fim da hipocrisia.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Sororenço!

O Ticiano é casado com minha prima e afilhada Beatriz Zanetti e pai da Helena.
Escreveu esta pequena crônica no Caderno de Verão da Zero Hora de hoje, 18/01/2013. Relata bem o cotidiano de São Lourenço,  e fez a Tânia lembrar dos nossos filhos Paulo André e Pedro, que ali tiveram importantes momentos da infância, junto com os primos Guilherme e Arthur.
Valeu pelas lembranças, Ticiano!