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Tá mais que na hora de pararem com essa asneira de chamar de baderneiros, desordeiros aqueles que estão lutando por questões fundamentais para nosso dia-a-dia e mesmo para nossa existência. Foi assim na luta pela diminuição do valor das passagens de ônibus, tem sido assim com a luta histórica dos sem terra e dos camponeses. Mas quando o protesto é de "abonados fazendeiros", bom, aí sim é legitimo, não é "seu "Nazier"?.
Pesquei no blog do amigo Luiz Muller (http://luizmullerpt.wordpress.com), que aliás recomendo!
Tá mais que na hora de pararem com essa asneira de chamar de baderneiros, desordeiros aqueles que estão lutando por questões fundamentais para nosso dia-a-dia e mesmo para nossa existência. Foi assim na luta pela diminuição do valor das passagens de ônibus, tem sido assim com a luta histórica dos sem terra e dos camponeses. Mas quando o protesto é de "abonados fazendeiros", bom, aí sim é legitimo, não é "seu "Nazier"?.
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Na Porto Alegre das árvores derrubadas, o desabafo de um pai: Carta Aberta à vereadora Mônica Leal (PP/POA)
Por Luiz Afonso Alencastre Escosteguy*
Infelizmente não há como, aqui, dar o tratamento que mereces como vereadora de Porto Alegre. Tratamento de respeito se dá para quem com respeito age. O que não foi o teu caso ao chamar os manifestantes contra a derrubada das árvores de “desordeiros”, por mais que tenha apelado, após, para o tecnicismo da linguagem para se justificar. Tanto é, que o que sobrou foi a imputação de ter chamado a todos de baderneiros.
Pois saiba que minha filha participa das manifestações e não admito que quem quer seja insinue que minha filha seja ou baderneira ou desordeira! E sabes por quê?
Porque EU a ensinei algo a que teu pai não deve ter ensinado: a andar de cabeça em pé e a lutar contra tantos quantos queiram baixá-la, seja pela força das armas, seja pela força do poder econômico e seus escusos interesses.
Não foi por menos que, com a mesma cabeça em pé e muito antes dela nascer, EU andava nas ruas de Porto Alegre, a lutar contra derrubada de árvores, pelas Diretas Já, e por tantas lutas que tenho certeza tu não participaste!
Se teu pai só te ensinou que “vender a alma ao diabo” é o caminho para uma vida boa, EU ensinei para minha filha que a verdadeira dignidade política é a luta constante pela defesa daquilo que acreditamos ser justo e não somente se agarrar no pífio argumento da “Justiça”.
E sabes por que uso “EU”? Assim mesmo, em maiúsculas? Porque em qualquer outra situação em que desrespeites o fundamental direito de exercemos a nossa manifestação pacífica, é comigo que a coisa será resolvida.
O que está em jogo não é apenas a derrubada de árvores, ou a devida compensação pelo plantio de outras. Isso se resolve.
O que está em jogo é justamente alijar definitivamente do poder gente como tu, que defende ações na madrugada; que defende infiltrações da polícia em movimentos sociais; que, eleitos para buscar o bem comum, só fazem achincalhar e zombar de quem exerce seu direito de manifestação.
E fico com pena dos teus filhos pela educação que devem ter recebido, se os tem, claro!
Minha filha tem pai e mãe, endereço certo e trabalho. E estuda. Não está na rua para ser xingada por ninguém! E todos os manifestantes têm pai e mãe e também não estavam lá para isso.
Mais uma vez: se teu pai não te ensinou a mais valiosa lição da vida em sociedade, te ensino eu: RESPEITO!
Aproveita a oportunidade para aprender!
*Luiz Afonso Alencastre Escosteguy, administrador, é servidor do MPRS e acompanha os movimentos sociais. Escreve a coluna Hypocrisis no portal O Pensador Selvagem.
Publicada no Site SUL21
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