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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Assino em baixo!

Assino em baixo! 

Tá mais que na hora de pararem com essa asneira de chamar de baderneiros, desordeiros aqueles que estão lutando por questões fundamentais para nosso dia-a-dia e mesmo para nossa existência. Foi assim na luta pela diminuição do valor das passagens de ônibus, tem sido assim com a luta histórica dos sem terra e dos camponeses. Mas quando o protesto é de "abonados fazendeiros", bom, aí sim é legitimo, não é "seu "Nazier"?. 

Pesquei no blog do amigo Luiz Muller (http://luizmullerpt.wordpress.com), que aliás recomendo!

Na Porto Alegre das árvores derrubadas, o desabafo de um pai: Carta Aberta à vereadora Mônica Leal (PP/POA)

Por Luiz Afonso Alencastre Escosteguy*
Infelizmente não há como, aqui, dar o tratamento que mereces como vereadora de Porto Alegre. Tratamento de respeito se dá para quem com respeito age. O que não foi o teu caso ao chamar os manifestantes contra a derrubada das árvores de “desordeiros”, por mais que tenha apelado, após, para o tecnicismo da linguagem para se justificar. Tanto é, que o que sobrou foi a imputação de ter chamado a todos de baderneiros.
Pois saiba que minha filha participa das manifestações e não admito que quem quer seja insinue que minha filha seja ou baderneira ou desordeira! E sabes por quê?
Porque EU a ensinei algo a que teu pai não deve ter ensinado: a andar de cabeça em pé e a lutar contra tantos quantos queiram baixá-la, seja pela força das armas, seja pela força do poder econômico e seus escusos interesses.
Não foi por menos que, com a mesma cabeça em pé e muito antes dela nascer, EU andava nas ruas de Porto Alegre, a lutar contra derrubada de árvores, pelas Diretas Já, e por tantas lutas que tenho certeza tu não participaste!
Se teu pai só te ensinou que “vender a alma ao diabo” é o caminho para uma vida boa, EU ensinei para minha filha que a verdadeira dignidade política é a luta constante pela defesa daquilo que acreditamos ser justo e não somente se agarrar no pífio argumento da “Justiça”.
E sabes por que uso “EU”? Assim mesmo, em maiúsculas? Porque em qualquer outra situação em que desrespeites o fundamental direito de exercemos a nossa manifestação pacífica, é comigo que a coisa será resolvida.
O que está em jogo não é apenas a derrubada de árvores, ou a devida compensação pelo plantio de outras. Isso se resolve.
O que está em jogo é justamente alijar definitivamente do poder gente como tu, que defende ações na madrugada; que defende infiltrações da polícia em movimentos sociais; que, eleitos para buscar o bem comum, só fazem achincalhar e zombar de quem exerce seu direito de manifestação.
E fico com pena dos teus filhos pela educação que devem ter recebido, se os tem, claro!
Minha filha tem pai e mãe, endereço certo e trabalho. E estuda. Não está na rua para ser xingada por ninguém! E todos os manifestantes têm pai e mãe e também não estavam lá para isso.
Mais uma vez: se teu pai não te ensinou a mais valiosa lição da vida em sociedade, te ensino eu: RESPEITO!
Aproveita a oportunidade para aprender!
*Luiz Afonso Alencastre Escosteguy, administrador, é servidor do MPRS e acompanha os movimentos sociais. Escreve a coluna Hypocrisis no portal O Pensador Selvagem.
Publicada no Site SUL21

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